quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Vestibular pra Medicina????

Pessoal, esses dias estive conversando com alguns candidatos a aeronautas que participaram de um "evento" promovido por uma dessas escolas do ramo. O negócio era mais ou menos assim: haveria um representante da dita Cia que além de uma apresentação da empresa talvez - e eu digo talvez pq foi esse termo que ouvi -  estivesse disposto a analisar alguns currículos e o resto do blábláblá vcs já conhecem.
Pois bem, o dito cujo - e ainda estou "vendendo o peixe pelo mesmo valor que comprei" -  depois de comentar o momento da empresa que, diga-se de passagem; é uma das mais novas e promissoras da aviação brasileira, informou que tem, em seus arquivos, mais de 6 mil currículos e que a sua Cia deverá contratar nos próximos meses mais 300 profissionais.
Pasmem! isso dá uma média de 20 candidatos por vaga, fora as dezenas de candidatos que estarão se formando neste final de ano. Um verdadeiro vestibular para medicina!
Claro que as outras companhias também deverão contratar nos próximos meses pois teremos a copa, as olimpíadas e além disso as classes C e D estão crescendo e também querem andar de avião. E falo isso sem desmerecer ninguém.
Em contra partida, há alguns dias conversando com uma profissional da aviação que trabalha há 5 anos numa das "maiores" empresas brasileiras do ramo me informa que a empresa está em sérias dificuldades e demitindo colaboradores. Em suas palavras me dizia que lá "tudo é muito bagunçado, desorganizado..."
Portanto caros candidatos a aeronautas; nem sempre a propaganda de crescimento é tão verdadeira como alardeiam as escolas e também nem sempre a companhia "Top" do mercado é sinônimo de estabilidade e garantia de emprego.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

EXCESSO DE ESCOLAS, OTIMISMO DEMASIADO OU... sei lá o que!!

Gente, depois dos milhares de problemas ocorridos na aviação brasileira, nos últimos anos, tenho notado o crescimento em escolas de aviação, em escolas para COMISSÁRIOS DE BORDO, em escola de SEI-LÁ-O-QUÊ e resolvi comentar isso.
Andei visitando alguns sites do ramo - quem faz um curso de atendente de terra ou de comissários, sabe aos quais me refiro - e observei a grande avalanche de profissionais FORMADOS em escolas preparatórias que estão desesperados por uma vaga. E vejo escolas colocando mais gente no mercado. Na minha santa ignorância, até concordo que os proprietários dessas escolas tentem ganhar o pão de cada dia e insistam em alardear que a aviação está crescendo, que as companhias estão contratando, etc.etc.etc.
Pessoal, pensem bem: quantas escolas existem no país 10, 15? Quantas turmas são formadas por ano em cada escola? 4, 5? E quantos alunos devem ter nessas turmas... 20, 30???
Com um mero cálculo aritmético dá pra dizer que na área de CMS, por exemplo, são formados por ano, mais de 800 profissionais. Dá prá acreditar que as companhias brasileiras tem capacidade de absorver TODO esse contingente?
Então está na hora de as pessoas se acalmarem. É claro que o mercado brasileiro do setor está ascendente: Copa do Mundo, Olimpíadas, etc.etc. A aviação regional, por exemplo, não chega nem aos pés da malha viária americana. Tampouco no número de Cias que tem lá mas.... Va lá... nós ainda somos o Brasil e aqui, tudo é demorado.
Acho que as Cias aéreas, em nome do bom senso, deveriam noticiar o quanto pretendem crescer e, neste rastro, contratar nos próximos dois anos. Afinal, qualquer cursinho aí cobra 2 mil de cada candidato. Somando-se a isso os custos de exames médicos, ANAC, uniformes, viagens... Vai pra mais de 5 mil. Vc tem disponibilidade pra gastar isso e ficar apenas na expectativa?
Tenho pena, honestamente, desse pessoal que trabalha no RH das empresas aéreas... Tem gente que manda currículo toda a semana, infinitamente. Tem gente que entope a caixa de mensagens com e-mails diários. Tem gente iludida por Escolas, que acha que vai terminar o curso e entrar numa Companhia. Olha isso me parece o menino que quer ser jogador de futebol e se espelha no Ronaldinho ou no Neymar.... Gente, São milhares de candidatos a craque mas menos de 5% consegue jogar num time profissional. Na aviação é o mesmo;